No Trilho do Turio, enfim a Primavera!

Depois de várias semanas em que o inverno insistia em não arredar pé, foi finalmente possível reagendar a caminhada pela Serra da Cabreira, anteriormente prevista para a data de aniversário da nossa associação (10 de abril). Antevia-se um feriado de 25 de abril com um sol bem primaveril e a promessa cumpriu-se. Afluiram muitos participantes, todos ansiosos por poder enfim desfrutar da natureza após tantos meses de penumbra e humidade.

O Trilho do Turio, na sua extensão original de cerca de 10km, apresenta, num pequeno troço de 2km, um desnível muito acentuado e de algum risco, para além de levar os caminheiros para uma zona de estradão e asfalto, não justificando o esforço. Por essa razão, decidimos encurtar e alterar o trilho, em vários pontos, para o tornar mais interessante e, ao mesmo tempo, mais acessível.

Deixámos os carros estacionados junto ao Caminho Municipal, numa zona de confluência de vários caminhos florestais, a pouca distância do Parque de Merendas da Serradela. A primeira parte do percurso, descendo até à Casa do Guarda do Turio, fez-se fácil e rapidamente, serpenteando pelo caminho florestal, sempre acompanhados pelo som das águas do rio Turio, lá no fundo do vale. Depois de vistoriarmos as ruínas da casa, retomámos o trilho em sentido inverso, agora para encetar a longa mas suave subida pelo vale. O piso continuava por terra batida, acessível. Aqui e acolá, a diversidade da vegetação despertava a curiosidade de uns e de outros. Depois de uma pequena ponte sobre um afluente do Turio, deixámos o estradão e seguimos por um carreiro alternativo, bem mais interessante que o percurso marcado, mas a exigir mais flexibilidade nos tornozelos e força nas pernas. O pelotão estendia-se mas ninguém se perdia, pois não havia alternativa ao esteito trilho por entre a densa floresta.

Um dos aspetos mais atraentes deste percurso é a omnipresença da floresta e da densa vegetação, mantendo-nos sempre protegidos da agressividade do sol e seduzindo-nos com a beleza dos diversos tons de verde. O outro atrativo está no próprio Turio, um curso de água límpida que atravessamos várias vezes no percurso, especialmente na rota que desenhámos para esta caminhada. O local da pausa para almoço não podia ter sido melhor escolhido, junto a uma ponte de madeira sobre o Turio e com amplos espaços para merendar à sombra das árvores. Deixámo-nos por lá ficar prolongadamente, gozando calmamente a pausa, sem pressa de voltar à marcha.

Depois da fotografia de grupo, atirámos novamente as mochilas para trás das costas e fizemo-nos ao caminho, que nos levou rapidamente de volta aos carros. Como o Parque da Serradela e o seu miradouro estavam a pouca distância, deslocamo-nos até lá, para uma espécie de sobremesa da caminhada. Lá em cima, esperava-nos uma bela família de cavalos que atraiu a atenção de todos durante a exploração daquela elevação com vista para os picos da Cabreira, com o Cabeço da Vaca a destacar-se. Depois deste último momento de desfrute da Primavera, estava na hora de regressar. A caminho de Guimarães, alguns participantes aproveitaram para uma breve visita ao verdadeiro monumento que é o Carvalho de Calvos, na Póvoa de Lanhoso. Esta árvore é um portento de vida e longevidade e impressiona muito mais do que qualquer monumento da região construído pela mão humana.

Álbuns de fotografias gentilmente partilhados por Francisco Silva e Ricardo Mendes. Percurso no Wikiloc.

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3 pensamentos sobre “No Trilho do Turio, enfim a Primavera!

  1. Não vi um único pinheiro manso, mas vi fiquei a conhecer bem a flora australiana.

    Parabéns à AVE por mais uma uma caminhada exemplarmente bem organizada

    • Obrigado pelo comentário, Nuno. Não viu nenhum pinheiro manso provavelmente porque não havia nenhum. O autor do post não percebe mesmo nada do assunto, por isso o texto já foi corrigido para uma referência mais abstrata 🙂 Se puder indicar qual era a espécie mais predominante no espaço onde almoçámos, agradecemos.

  2. 🙂 A verdade é que não tenho facilidade em identificar as coníferas exóticas. Muito vulgares nesses sítios são os abetos, cedros, pseudotsugas e por aí. Havia, isso sim, alguns carvalhos americanos.

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