Filmes Ecorâmicas 2022

NOTA: Todos os filmes serão exibidos no Auditório da Fraterna (Couros).

“Lowsurmerism – O Consumismo Consciente”, de André Alves, Lena Maciel, Rony Rodrigues e Sophie Secaf

  • Quando: 29 de outubro, sábado, 15h00
  • Origem, Ano: Brasil, 2015
  • Duração: 10 min.
  • Sinopse: Antes de comprar algo, já se perguntou se realmente precisa desse artigo/produto? Ou mesmo se, ao adquirir um produto, não estará a prejudicar o planeta de alguma forma? É esse tipo de indagação que fez emergir uma nova tendência mundial, o chamado lowsumerism: low +(con)sumerism, ou baixo consumismo, um consumismo cada vez mais consciente e equilibrado. O lowsumerism não consiste apenas em gastar menos dinheiro ou de deixar de consumir, mas de fazer isso com sentido e consciência.

“A Economia Convencional É Uma Forma De Dano Cerebral”, de Chris & Dawn Agnos

  • Quando: 29 de outubro, sábado, 15h10
  • Título originalConventional Economics Is A Form Of Brain Damage
  • Origem, Ano: Canada, 2011
  • Duração: 4 min.
  • Sinopse: No mundo atual, a economia é rei. Todos falam de dinheiro e economia, no entanto, nada disso é realmente real. David Suzuki, o premiado cientista, autor, ativista ambiental, radialista e geneticista propõe-nos uma ideia estimulante sobre a economia: “A economia não é uma ciência, nem sequer inclui o planeta nas suas equações. A economia não se baseia em nada do mundo real”. “O dinheiro cresce agora mais depressa do que o mundo real e a economia está tão fundamentalmente desligada do mundo real que é destrutiva”. Neste filme, David Suzuki explica como a economia convencional é uma forma de dano cerebral.

“Os Mitos do Crescimento”, de Pierre Smith Khanna

  • Quando: 29 de outubro, sábado, 15h15
  • Título original: Fairytales of Growth
  • Origem, Ano: Espanha, 2020
  • Duração: 47 min.
  • Sinopse: Um filme sobre Alterações Climáticas, Decrescimento e Mudança de Sistema. Os efeitos e os riscos das alterações climáticas estão a instigar os jovens de todo o mundo a apelar à mudança radical do sistema como a única solução para evitar um colapso catastrófico. O filme examina o papel que o crescimento económico tem tido na génese desta crise e explora alternativas viáveis, oferecendo uma visão de esperança para o futuro e uma vida melhor para todos. Numa primeira secção, o filme comenta como o progresso/crescimento como conceito tem as suas raízes na colonização, na escravatura e na exploração de recursos em países do Sul Global. A segunda secção explora o conceito de crescimento verde e se podemos realmente fazer crescer as economias sem prejudicar o ambiente. A terceira secção introduz o decrescimento como um conceito que dá prioridade às pessoas e ao planeta, em detrimento do crescimento económico. Não precisamos de crescimento para sobreviver, e precisamos de reduzir a actividade económica de uma forma democrática, sem comprometer o bem-estar humano global. Então, como poderia ser uma economia em decrescimento?

“Minimalismo: um documentário sobre as coisas que importam”, de Matt D’Avella

  • Quando: 29 de outubro, sábado, 17h40
  • Título original: Minimalism: A Documentary About the Important Things
  • Origem, Ano: EUA, 2016
  • Duração: 78 min.
  • Sinopse: Este documentário centra-se em dois jovens adultos que perceberam que estão reféns do padrão de consumo instigado pelos meios de comunicação, pela publicidade e pela sociedade, e que vivem escravos dessa mentalidade que é ter tudo, a qualquer preço. Decidem então desfazer-se de tudo que consideram supérfluo e que não faz sentido. Escrevem um livro e fazem uma digressão pelos Estados Unidos para difundir a sua experiência: viver com menos é ser livre! O filme examina os muitos matizes do minimalismo, apresentando as vidas de minimalistas de todos os setores da vida: famílias, empresários, arquitetos, artistas, jornalistas, cientistas e mesmo um antigo corretor de Wall Street, todos se esforçando por viverem uma vida com sentido, mas com menos posses e menos objetos.

“Esqueçam os Duches Rápidos”, de Jordan Brown

  • Quando: 30 de outubro, domingo, 15h00
  • Título original: Forget Shorter Showers
  • Origem, Ano: Austrália, 2015
  • Duração: 11 min.
  • Sinopse: Partindo do artigo “Forget Short Showers”, escrito por Derrick Jensen, Jordan Brown produz um minidocumentário homónimo onde discute por que razão as ações pessoais não equivalem a mudanças sociais e, só por si, não geram transformação política. Uma curta-metragem divertida e controversa que nos inspira a refletir um pouco sobre a forma como o combate às alterações climáticas nos é apresentado pelos meios de comunicação. Num estilo de humor corrosivo, este trabalho coloca o ónus das questões ecológicas na dicotomia entre a retórica das mudanças de comportamentos individuais e a necessidade de alterar paradigmas de produção que são sistémicos. Um filme provocador, mesmo na forma como questiona algumas das ideias feitas presentes noutras obras essenciais dentro do género do documentário climático.

“UNRAVEL: a indústria indiana de reciclagem de roupas”, de Meghna Gupta

  • Quando: 30 de outubro, domingo, 15h12
  • Título original: UNRAVEL
  • Origem, Ano: Índia, 2012
  • Duração: 13 min.
  • Sinopse: Cerca de 100 mil toneladas de roupas são descartadas pelos países desenvolvidos e depois vendidas para a Índia todos os anos. No norte do país, em Panipat, existe uma indústria especializada no reaproveitamento desses produtos, que são transformados em fio que depois é transformado em tecido para a produção de roupa novamente! Para ilustrar esse ciclo, o documentário Unravel – “Desfazer [as roupas] – acompanha o trabalho de mulheres que passam horas a separar e a reciclar toneladas de peças de vestuário. Durante as filmagens, estas mulheres não escondem a sua surpresa ao verem a quantidade de peças em perfeito estado que são deitadas fora, e imaginam que as pessoas usaram essas peças apenas três ou quatro vezes – algo difícil de aceitar, já que em Panipat a média do lixo doméstico produzido por pessoa não chega a 1 kg por ano, contra os 383 kg por pessoa que as cidades “desenvolvidas” produzem.
    Meghna Gupta, a realizadora de Unravel, entrou em contato pela primeira vez com a indústria indiana de reciclagem de roupas a convite da antropóloga Lucy Norris, que estuda processos de reciclagem de roupas em países em desenvolvimento e precisava de alguém que falasse hindi como assistente para uma investigação. Foi dessa parceria que surgiu a curta-metragem Unravel .

“A Economia da Partilha”, de Greg Westhoff e Jilian Suleski

  • Quando: 30 de outubro, domingo, 15h25
  • Título original: Shareconomy
  • Origem, Ano: EUA, 2015
  • Duração: 11 min.
  • Sinopse: A Economia da Partilha é uma curta-metragem que explora a ascensão da economia solidária ou de partilha, um movimento que está a revolucionar completamente a sociedade. Quer o bem/produto seja um carro, um espaço extra em casa, ou simplesmente tempo disponível, surgiu um sistema para conectar aqueles com a “oferta” àqueles que precisam dos bens, serviços, dados e/ou talentos que estão a ser “oferecidos”. Estas florescentes empresas de economia partilhada, que coletivamente valem mais de 500 mil milhões de dólares, estão a perturbar as principais indústrias estabelecidas e a desafiar as atuais regulamentações governamentais. Este filme explora os benefícios e as repercussões do movimento da economia solidária, questionando se esta “nova economia” irá ou não transformar para sempre a forma como trabalhamos, vivemos e interagimos uns com os outros.
    O filme examina a economia da partilha através da visão dos principais especialistas que estudam este movimento, em conjunto com histórias pessoais de indivíduos que utilizam plataformas de partilha para valorizarem e fortalecerem as suas vidas. Muitas pessoas que trabalham no âmbito da economia solidária incorporam o espírito microempresarial, um modelo para o “novo trabalhador” nesta “nova economia”. Através destas personagens, descobrimos as complexidades e os matizes da economia solidária e o seu impacto nas pessoas e na sociedade como um todo.

“DECRESCIMENTO: do Mito da Abundância à Simplicidade Voluntária”, de Luis & Manu Picazo Casariego

  • Quando: 30 de outubro, domingo, 15h25
  • Título original: Decrecimiento
  • Origem, Ano: Espanha, 2016
  • Duração: 80 min.
  • Sinopse: Face ao colapso do sistema socioeconómico devido à crise ambiental e à crise de recursos pela qual o planeta está a passar, um novo movimento social está a fomentar uma alternativa sustentável que tem em conta os limites do planeta. Professores, economistas, engenheiros e filósofos participam neste importante movimento em países como França, Itália, Espanha, Reino Unido ou Canadá. Este documentário aborda a grande questão do crescimento económico num mundo finito sob a perspectiva de um movimento social profundamente ecológico conhecido como decrescimento.
    Enquanto a visão política e científica míope dos governos assenta numa solução tecnológica para resolver a crise ambiental e de recursos que estamos actualmente a sofrer, fingindo adaptar o planeta e a humanidade à vontade do produtivismo, o decrescimento propõe-se reinventar o nosso modo de vida, adaptando-o aos limites da biosfera e às necessidades reais dos seres humanos. O filme põe em contraste dois mundos: o mundo atual, o mundo do desejo, do “ter sempre mais”, caracterizado pela ausência de limites; e um mundo que já está a chegar, o mundo do “ser”, consciente dos limites da biosfera, onde os chamados objetores do crescimento estão empenhados em construir uma alternativa socioeconómica sustentável e libertadora.
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