Aquando da 1ª edição do Orçamento Participativo de Guimarães, fui crítico em relação às suas normas , e quanto à sua aplicação.
Foto: http://op.cm-guimaraes.pt
Esta 2ª edição corrige alguns dos erros contidos nas normas anteriores:
- Não limita as propostas a qualquer área de intervenção;
- Aumenta o valor máximo das propostas para 100.000€;
- Inclui um período para reclamações
Mas não é só nas normas que esta edição se distingue pela positiva:
- Houve uma sessão pública para discutir a proposta de regulamento;
- Forte aposta na divulgação (jornais e mupis);
- As FAQ`s no sitio oficial finalmente a funcionar
Contudo, nem todas as alterações são positivas ou suficientes:
- O valor máximo dos projetos continua a ser redutor das ambições dos munícipes;
- A introdução de votação mínima (500 votos) para eleição de projetos
Em meu entender, a exigência de 500 votos para a eleição de projetos é um número irrealista, e fará com que apenas meia dúzia de projetos atinjam essa meta. Esta imposição reforça a ideia de que o OP é um orçamento suplementar para as juntas de freguesia, as únicas com capacidade de mobilizar esse número de votos.
De qualquer forma, esta edição, e até ver, tem avaliação positiva da minha parte. Espero que esta postura de correção dos aspetos negativos da edição anterior se mantenha ao longo deste novo processo.
José Cunha