Guimarães aderiu ao projeto do Instituto de Cidades e Vilas com Mobilidade, denominado de Rede de Cidades e Vilas de Excelência.
É um projeto que me parece interessante pela partilha de ideias e experiências potenciada pelo trabalho em rede. Com a duração de quatro anos, o projeto requer que os aderentes elejam pelo menos dois dos quatro temas disponíveis, após o que devem elaborar um Plano de Ação Local para cada tema, que deverá ser executado e avaliado no seu decurso.
Temas:
- Cidade ou Vila Acessível para Todos
- Cidade ou Vila Ciclável e de Mobilidade Amigável
- Cidade ou Vila de Regeneração e Vitalidade Urbana
- Cidade ou Vila Turística.
Como é lógico, os temas disponíveis não foram escolhidos ao acaso, pois complementam-se, e a sua gestão integrada traria sem qualquer dúvida vantagens adicionais a cada um deles.
O município de Guimarães elegeu apenas dois temas (mínimo exigido): Cidade ou Vila de Regeneração e Vitalidade Urbana e Cidade ou Vila Turística.
Se o objetivo de Guimarães é ver a excelência reconhecida, então optou bem. Os temas que elegeu já estarão nesse patamar, ou lá próximo, sendo uma tarefa acessível.
Se o objetivo é progredir rumo à excelência, então foi uma opção errada. Os temas preteridos são os que se revelam como constrangimentos na nossa cidade, e a sua evolução traria vantagens práticas e uma excelência homogênea, ao invés de uma “meia” excelência.
Mais uma vez, as questões da mobilidade são subvalorizadas em Guimarães.
Optou-se pelos serviços mínimos e pela via mais fácil, mas vamos ter mais um “título”.
José Cunha